quarta-feira, 17 de junho de 2015

Bradesco fará oferta para comprar HSBC no Brasil, diz CEO

O Bradesco fará uma oferta vinculante pela unidade brasileira do HSBC em julho, disse nesta quarta-feira (17) o presidente do banco brasileiro, Luiz Carlos Trabuco.
"Nós fizemos uma oferta e estamos analisando", disse a jornalistas às margens de evento da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos). "A oferta vinculante será feita em julho de acordo com calendário do vendedor", acrescentou.
O presidente mundial do HSBC, Stuart Gulliver, disse mais cedo neste mês que deve reduzir em cerca de 50 mil o quadro de funcionários do grupo e que metade disso virá da venda dos negócios no Brasil e na Turquia.
Santander Brasil e Itaú Unibanco também disputam o negócio, mas o Bradesco fez a maior oferta inicial, disseram à Reuters fontes a par do assunto.
O banco espanhol BBVA também afirmou considerar uma oferta pelas filiais colocadas à venda pelo britânico HSBC no Brasil e Turquia, disse o executivo-sênior do banco Vicente Rodero em reunião anual na Cidade do México, de acordo com o site CNN Expansion.

As mudanças são parte de um plano de reestruturação para economizar entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões até 2017. O objetivo do banco é concentrar a atuação na Ásia, principalmente na China e na Índia.
A instituição financeira ainda deve reduzir seu quadro de funcionários no mundo em cerca de 50 mil. Desses, entre 22 e 25 mil serão cortados em todo o mundo.
A redução dos outros 25 mil deverá vir da venda das operações no Brasil e na Turquia. Esses funcionários deixarão os quadros do HSBC, mas não serão necessariamente demitidos, já que passarão a fazer parte dos quadros das instituições compradoras. Só no Brasil, o banco britânico tem mais de 21 mil funcionários.                    
brasil,são paulo 17 jun 2015.

País tem estrutura forte e vai superar dificuldades momentâneas para continuar crescendo.

Dilma: “Brasil tem grandes vantagens e deve saber usá-las. Porque um povo que não tem esperança também não constrói o futuro”. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
“O Brasil tem uma estrutura forte. Nós estamos enfrentando uma dificuldade momentânea. Nós vamos superar essa dificuldade. Aliás, nessa semana, na terça-feira [9], lancei um programa bastante ambicioso de investimento e infraestrutura também para ajudar o País a retomar o rumo do crescimento. Investi em rodovia, em ferrovia, o Brasil precisa ter ferrovia”.
E lembrou que somos a sétima economia do mundo. “Nós não temos fragilidades. Este País tem US$ 378 bilhões de reserva. Este País tem estruturas democráticas sólidas: tem um Judiciário, tem o seu Congresso, o seu Parlamento e tem o Executivo. Independentes e tendo de conviver com harmonia”.
A presidenta destacou ainda vários fatores que a fazem manter a confiança no Brasil. “Esse País tem uma força imensa. Uma agricultura ultra competitiva, tanto uma agricultura comercial como uma agricultura familiar. Tem um conjunto de empreendedores fortes; ele tem uma mão de obra; ele tem petróleo; ele tem minério; e ele tem esse povo que é fantástico. (…) Então, eu acho que nós temos tudo para ser um país que faz diferença”.
 A diferença brasileira na mudança climáticaDilma apontou, por exemplo, que o Brasil já faz a diferença na mudança do clima. “Todo mundo quer conversar com o Brasil sobre mudança do clima e fazer um acordo. Por quê? Porque nós somos o único que, voluntariamente, passou uma lei dizendo que até 2020 reduziria 36% da emissão de gás de efeito estufa. Isso, em relação a 2005. Nós estamos em 2015, faltando cinco anos. Nós cumprimos 72% da mais ousada meta de redução do efeito do clima”.
Segundo ela, esse avanço foi possível porque o Brasil é capaz de ter muita hidrelétrica, eólica, biomassa, porque faz uma agricultura chamada de baixo carbono, plantando direto na palha. “Isso aumenta a nossa produtividade, reduz todos os comprometimentos do meio ambiente. Porque nós somos capazes de rotar lavoura, pecuária e floresta. Enfim, porque nós acreditamos que é possível crescer, incluir, conservar e proteger”.
Apesar de tantos fatores positivos, Dilma chamou a atenção para o fato de que os brasileiros são muito exigentes consigo mesmos. “No Brasil, tem uma coisa que eu não vejo em outros países. Eu acho que nós somos mais críticos conosco do que nós merecemos. Eu estive recentemente num país que muitos comparam com o Brasil, mas que tem metade da sua população abaixo da linha da pobreza. Então, nós temos grandes vantagens. E temos de saber usá-las. Porque um povo que não tem esperança, também não constrói o futuro. Nós precisamos de esperança, nós precisamos da confiança do povo em si mesmo”.

InvestimentosSimultaneamente ao ajuste, é preciso fazer investimento em infraestrutura e manter os programas sociais, adicionou a presidenta. “Para não voltar para trás, para não voltar para aquela época que as pessoas não tinham casa, não tinham médico, não tinham acesso às coisas básicas. Eu acho que tem muito o que mudar. Eu não acho que está perfeito, acho que tem muito o que mudar, muito o que avançar e muito ainda o que construir”.
A expectativa dela é de que a inflação melhore até o final desse ano. “Todas as avaliações de mercado apontam para uma queda da inflação nos próximos meses. E eu sei, também, que no caso, por exemplo, da casa própria, eu acho que muita gente deve ter sofrido com essa consequência. Agora, é importante sinalizar que no Minha Casa, Minha Vida nenhuma das prestações da casa própria foi aumentada. Elas não variam de acordo com os juros, elas são fixas”.
Lembrou que, atualmente, o programa é uma das únicas oportunidades que existem, dentro da economia brasileira, para oferecer acesso à casa própria quem tem menos renda. “Como uma pessoa que ganha até R$ 1.600 compra casa hoje? O governo assegura e isso não vai mudar. Assegura que a pessoa pague uma parte da prestação, a parte menor do valor da casa, e nós pagamos a parte maior”.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Câmara aprova urna com recibo para eleitor conferir voto em eleições.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (16), por 433 votos a favor e 7 contra, uma emenda à proposta de reforma política que prevê que as urnas eletrônicas passem a emitir um "recibo" para que os votos nas eleições possam ser conferidos pelos eleitores.

O texto aprovado também inclui na Constituição regras de fidelidade partidária e muda a norma para a apresentação de projeto de iniciativa popular. Outras cinco propostas foram rejeitadas pelo plenário (veja mais detalhes abaixo).

- Pelo texto, a urna imprimirá um registro do voto, que deverá ser checado pelo eleitor. Só após esta checagem que será concluído o processo eletrônico de votação. Depois, o recibo será depositado automaticamente em local lacrado e ficará em poder da Justiça Eleitoral. O eleitor não poderá levar o documento para casa. O recibo também não deverá ter a identificação do eleitor.