quinta-feira, 15 de julho de 2021
Jair Bolsonaro sentiu dores abdominais e foi internado no Hospital das Forças Armadas em Brasília. Com quadro de obstrução intestinal, foi levado a São Paulo para exames. Até onde se sabe, não estava descartada uma cirurgia.
No dia em que precisou ser hospitalizado, Bolsonaro tinha na agenda um encontro com os chefes do Legislativo e do Judiciário. Em pauta estavam os panos quentes para conter a escalada da tensão promovida pelo ex-capitão desde que começaram a virar vinagre seus planos de reeleição em 2022. Tudo graças a suspeitas nas compras de vacinas, áudios sobre supostas rachadinhas, investigações sobre crimes ambientais e, mais do que tudo, do retumbante fracasso em evitar mais de meio milhão de mortes pela covid 19.
Com uma multidão nas ruas pedindo seu impeachment e o avanço de apurações policiais em seu entorno, Bolsonaro não estava bem fazia um tempo.
Um antigo aliado, que em 2018 fez de sua mansão, no Rio, o QG da campanha bolsonarista, chegou a dizer que o presidente estava à beira de um ataque de nervos e não tardaria a dar um golpe para não entregar o poder. Ele não descartava a possibilidade de Bolsonaro ser preso por atos e omissões caso contrário.
Em encontro com apoiadores, a desconexão de frases e ideias chamava a atenção. Mesmo para os padrões do presidente, que não é exatamente reconhecido pela retórica, concisão ou pensamento lógico.
Foi parar no hospital após o agravamento da crise durante a madrugada. A interna e as externas. Isso, em si, já seria suficiente para governistas e adversários baixarem as armas e a temperatura da troca recente de ameaças.
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